O congresso de Milão aconteceu em 1880 e reuniu os intelectuais da época em um evento que teria consequências terríveis para as comunidades surdas do mundo todo. Nessa ocasião, ficou demonstrado que os surdos não tinham problemas fisiológicos em relação ao aparelho fonador e emissão de voz, fato esse do qual derivou a premissa básica: os surdos não têm problemas para falar. Baseando-se nessa premissa, a comunidade científica da época impôs que:
As línguas de sinais fossem banidas na alfabetização das crianças surdas, sendo substituída pelo método oral. Somente nas séries superiores, os professores poderiam utilizar as línguas de sinais para ensinar os conteúdos escolares.
Os surdos deveriam ser submetidos a procedimentos cirúrgicos na tentativa de que pudessem ouvir. Apesar da eficácia destas cirurgias em diversos países, muitos surdos não resistiam às inúmeras cirurgias, o que acarretou na proibição destes procedimentos pela ONU.
A língua oral fosse utilizada juntamente com a língua de sinais no processo de ensino-aprendizagem dos surdos. Adota-se então o método de Comunicação Total.
As línguas de sinais fossem utilizadas para apoiar o ensino da língua oral, uma vez que a finalidade da educação de surdos, a partir do Congresso, passa a ser a normatização da comunidade surda, tornando-os falantes de línguas orais como os ouvintes.
As línguas de sinais fossem definitivamente banidas das práticas educacionais e sociais dos surdos. Adotou-se o método de oralização.
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