Um crítico do cristianismo, Rousseau afirmava acreditar em Deus, porém contestava abertamente o relato das escrituras sagradas, questionando as noções de autoridade e soberania divina, assim como a existência de Deus.

Para Rousseau, o desequilíbrio entre os diferentes extratos sociais, como se via pela pobreza extrema das classes mais baixas e pela exuberância dos regentes e da classe burguesa, era uma evidência de que o ser humano não nasce livre.

Rousseau acreditava na soberania da vontade geral de todos, ou seja, a fonte de todo o poder estaria no povo. Neste quadro, o equilíbrio aconteceria com cada pessoa exercendo a sua autoridade natural sobre o próximo.

No livro “Discurso sobre a Origem da Desigualdade entre os Homens”, Rousseau aborda as ocorrências históricas envolvendo o ser humano e suas vinculações diversas, argumentando em favor da causalidade congênita da miséria.

Segundo Rousseau, para que o homem adquirisse o bem-estar, este deveria instituir um “contrato” de tal forma que as diferentes soberanias e liberdades que se juntam permaneçam indefinidamente livres e soberanas.