19. Resposta correta: C
(F) No poema, o eu lírico não se mostra inconformado com a perspectiva de que a vida irá ter um fim, em vez disso, essa perspectiva é observada como uma libertação que permite que a verdadeira vida seja alcançada.
(F) O eu lírico não considera o futuro como desconhecido, mas sim como predeterminado, sobre o qual ele tem a convicção de que é algo bom, pois o futuro, no texto, se refere à morte, que é tida pelo eu lírico como a vida eterna ou verdadeira.
(V) No poema, observa-se o predomínio de uma visão de mundo marcada pelas ideias de resignação e renúncia diante dos prazeres terrenos, justificadas pela crença de que o sacrifício será recompensado na vida após a morte. A carga simbólica que envolve essa visão é reforçada pelo uso de construções antitéticas, como identifica-se nos dois últimos versos, em que há os pares de ideias contrárias “Noite” e “Aurora” e “Vida” e “Morte”. Estes são utilizados para reforçar o pensamento, desenvolvido em todo o poema, de que resistir às coisas terrenas possibilita que se encontre na morte a libertação.
(F) O amor é referido na primeira estrofe como algo que não deve ser concretizado, pois, pela visão do eu lírico, renunciar ao amor e não ceder aos prazeres terrenos faz parte do sacrifício necessário para alcançar a graça da vida eterna. Portanto, não há um sentimento de inadequação, e sim de disposição para a renúncia.
(F) Não se pode inferir do texto que o eu lírico tenha tido uma vida sem realizações, pois, apesar de a ideia de renúncia perpassar todo o poema, ela é retratada como uma expectativa do eu lírico de obter uma vida verdadeira após a morte.
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