Na Educação Infantil, pela especificidade da criança bem pequena, que necessita do professor até adquirir autonomia para cuidar de si, fica mais evidente a não separação entre educar e cuidar no cotidiano do trabalho pedagógico, quando comparamos com as outras etapas da Educação Básica.

A construção da identidade das creches e pré-escolas no século XIX em nosso país promoveu políticas de atendimento à infância que se preocupavam em integrar educação e cuidado, sem incorrer na fragmentação entre cuidar e educar.

O cuidar como atividade ligada ao corpo é a questão principal da Educação Infantil, tanto para as crianças dos grupos socialmente privilegiados como para aquelas dos grupos mais pobres, assim como o educar como experiência de preparação para a escolarização subsequente se constituiu a principal questão de investimento público da área.

O Projeto Político-Pedagógico deve apresentar e especificar os elementos curriculares e os conteúdos a serem trabalhados, não cabendo-lhe especificar os aspectos relativos ao cuidado, pois estes estão implícitos no cotidiano educativo.

As instituições de Educação Infantil precisam organizar um cotidiano de situações agradáveis, que promovam a autoestima das crianças e a competitividade entre elas, a fim de lhes prover a ampliação da autonomia.