Em que momento se pode afirmar, para o caso paulista, que a afluência de mulheres às escolas normais tende a superar a dos homens?
Em todo o século XIX se verifica uma alternância na afluência de homens e mulheres às escolas normais. Isso se dá em virtude das vicissitudes da oferta de empregos e das peculiaridades do reconhecimento social associado ao desempenho de funções públicas, especialmente no caso das mulheres, que a depender do horizonte mental predominante no período, indica uma tendência de valorização do enclausuramento doméstico e em outras um aceno à viabilidade e prestígio assumidos pela assunção de trabalhos e funções na esfera pública.
1860 marca uma nova fase na história do ensino normal no país, quando da hegemonização da formação docente institucionalizada, fenômeno que é acompanhado em São Paulo pela supremacia feminina em número de matrículas e diplomações nas escolas normais.
Já na década de 1830 se pode observar uma presença maciça das mulheres nos institutos normais de formação de professores.
Já na década de 1870 como uma tendência, confirmando-se na década seguinte, quando boa parte das províncias – e depois estados brasileiros – já criaram ao menos uma escola normal pública e estatal, observa-se que em número de matrículas e também em diplomações se fortalece uma tendência de supremacia feminina nesses estabelecimentos de ensino.
Em que pese o aumento das matrículas, frequência e diplomação de mulheres no ensino normal, tais dados sempre estiveram muito aquém da afluência masculina às escolas normais.
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