Fazer uma nova interpretação do espírito experimentalista e polêmico da Belle Époque; estenderam-se até a segunda guerra com repercussão residual até os anos 1970 do século XX, com influências sobre a arte contemporânea. Caracterizaram-se pela agressividade, pelo culto a valores exóticos, os poderes mágicos, a beleza da anarquia, o instantaneismo, o dinamismo, a imaginação sem limites.

Apresentar uma estética de recriação do mundo, e não somente sua captação, conforme os cânones da arte tradicional; a adesão à estética da velocidade, havendo uma valorização entusiástica da máquina, signo desse tempo de conquistas científicas, técnicas e tecnológicas.

Eliminar o conceito clássico de perspectiva, o que tem como efeito estético a decomposição do todo e não a expressão da profundidade; o desmembramento da forma em facetas geométricas, sugerindo uma visão tridimensional como se estivesse observando um prisma.

Constituir uma estética que privilegiava a forma em detrimento do conteúdo, que se estendia à esfera da ética, da política e da cultura em geral, com vistas a influir nas idéias filosóficas, sociológicas e políticas do período colocando-se como arte “engajada”, ou seja, comprometida com a realidade histórico-social.

Apresentar uma estética que dá livre curso a um fecundo subjetivismo e extremado individualismo, traços característicos das sociedades capitalistas da época.