Ainda não é possível a um português falar, sem estremecer de indignação, do regime que oprimiu Portugal durante quase meio século e que é responsável pelo seu imobilismo e pelo seu atraso em relação à Europa, assim como das guerras coloniais sem saída que tão fortemente marcaram o último decênio, conduzindo-o ao mais completo isolamento. [...] O Portugal democrático, progressista, aberto à Europa, que estamos em vias de construir, coletivamente, depois da revolução libertadora de 25 de Abril, no seio de inúmeras contradições e de grandes dificuldades, tem necessidade de possuir uma visão clara do seu passado recente que tanto o marcou e continua a marcar. É o único meio de exorcizar os demônios desses anos [...].
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