Estudos transculturais, como os realizados por House et al. (2002; 2004), que investigaram 62 países, bem como os de Kouzes e Posner (1989), encontraram correlações negativas entre culturas caracterizadas por traços de “evitação de incerteza” e liderança transformacional. Isso significa que a liderança transformacional é menos indicada para ambientes estáveis.

Considerar a liderança sob a perspectiva da contingência significa destacar competências dos líderes, que levem em conta as diferentes características culturais das organizações. Sendo o líder um agente também responsável pela mudança de cultura, sua tarefa primordial é compreender a cultura em que esteja inserido e adotar comportamentos mais adequados.

A crença de que alguns aspectos e competências da liderança transcendem as fronteiras culturais é universalmente aceita e, portanto, há um padrão de liderança universalmente desejável mais próximo da liderança transformacional.

O líder é diretamente moldado pela cultura organizacional. Vários estudos buscam associar aspectos da cultura organizacional com perfis mais “adequados” de liderança, a depender de cada cultura. Assim, a liderança precisa se adaptar à cultura organizacional, é o caso de Frank, que precisou rever determinados comportamentos.